Cultura do estupro

Primeiro, fomentam a devassidão moral, promovem a supressão da escala dos valores, e edificam uma sociedade desestruturada, constituída de famílias devastadas por mazelas diversas, e de pessoas desamparadas, sem discernimento moral. E em alguns anos, ou décadas, em uma ou mais gerações, os frutos podres de tal política são expostos aos olhos de todos, e aquelas mesmas pessoas que os cultivaram fingem-se de desentendidas, e lançam a culpa de todo o estrago que elas produziram na sociedade. Mas em qual sociedade? Naquela que elas criaram, ou na qual elas destruíram, ou desejam destruir? A "cultura do estupro", que não existe - ou existe? - é pespegada na sociedade brasileira, dando-se a entender que a cultura brasileira sempre foi, e desde 1500, conivente com o estupro. Presumo que aqueles que ao cuspirem contra a sociedade brasileira a "cultura do estupro" estão a condenar toda a civilização ocidental, da qual o Brasil é herdeiro. É como se dissessem que todos os valores que herdamos da Europa, do Ocidente, do Cristianismo, são podres, são imorais, desumanos. Por que pus em dúvida a afirmação de que a cultura do estupro não existe? Porque, suponho, ela, a "cultura do estupro", é um produto, se não previsto, desejado, pelas pessoas que almejam a aniquilação da civilização ocidental, e estão a substituir os valores milenares que a sustentam pela teologia civil, corrosiva.