
Carta 14
28/06/2016 16:30Brasília, [data]
Ao
Carlos Roberto de Souza Almeida Vargas.
Prezado senhor,
Nesta carta, o Banco apresenta uma síntese esclarecedora do estado de coisas que, cotidianamente, os trabalhadores nacionais e as suas famílias têm de enfrentar em decorrência das violentas manifestações orquestradas por agentes estrangeiros beligerantes e gananciosos, que almejam a aniquilação do Governo Federal, no seu afã de conservar a desigualdade de renda e as injustiças sociais que há quinhentos anos assolam o Brasil e a América Latina, cujas veias estão abertas e cujo sangue é sugado por Nosferatu capitalistas e outras alimárias quiméricas inumanas e desumanas. O ambiente político atual degenera-se em anarquia institucionalizada. O Governo Federal, que nos três anos anteriores à esta data implementou medidas de segurança para melhor atender os trabalhadores nacionais e as suas famílias, e influencia, favoravelmente, com o seu exemplo moral, governos europeus, latino-americanos, asiáticos e africanos, depara-se com o seu mais astuto, ardiloso, traiçoeiro inimigo: brasileiros apátridas servis aos burgueses capitalistas estadunidenses. O Governo Federal exibe, com a grandiosidade das obras que brotaram destas plagas férteis e abundantes, onde o sol nasce para todos, e todas as raças se irmanam, fraternas, num vínculo universal com a mãe natureza e a Mama África, que, do outro lado do Atlântico, despejou, na terra brasilis, raças fortes e vigorosas, que viviam, num elo estreito, com a natureza, a singularidade inimitável da cultura nacional, única no mundo, invejável e admirável, e a dissemina pelo orbe terrestre, abrasileirando todas as nações decentes, fazendo do mundo um Brasil onde em se plantando tudo dá, e dá, como no Brasil, gigante por natureza, jabuticaba e pororoca, e o mundo, ao assimilar peculiaridades brasileiras, se miscigena, se cordializa, se gentiliza, arrastando, atrás do porta-estandarte e do porta-bandeiras, alegria, felicidade, amor à vida, simplicidade e amor grupal, como o mundo jamais presenciou e jamais imaginou. O Brasil é fonte de inspiração para o mundo. As políticas implementadas pelo Governo Federal seriam o pontapé inicial das transformações que conduziriam o mundo à paz universal; todavia, foram, para desgosto do Governo Federal e dos que seguiam os seus passos e alimentavam sentimentos afins, abortados pelos seus inimigos ferrenhos, audaciosos, sagazes e traiçoeiros. O sucesso do Brasil revelaria para o mundo o insucesso do modelo vigente, inspirado nos códigos capitalistas burgueses, cujo desmoronamento não ficaria oculto aos olhos dos menos informados, se as políticas implementadas pelo Governo Federal prosseguissem, e outras nações as copiassem. Os estadunidenses, senhor Carlos Roberto de Souza Almeida Vargas, teceram, com os seus tentáculos tenazes, na frente do Brasil, as redes, e travaram o seu avanço. As medidas de segurança implementadas pelo Governo Federal, como se diz no linguajar do nosso humilde e sofrido povo, choveram no molhado. O Governo Federal colheu insucessos devido à agressiva hostilidade canina dos burgueses capitalistas estadunidenses e seus cúmplices, os brasileiros apátridas que compõem a classe média nacional indiferente ao destino do Brasil, mas não abandonará o gentil, nobre e amável povo brasileiro. Batalhará na sua luta pela manutenção da paz e da ordem. Malgrados os seus ingentes esforços, o Governo Federal não perde o ânimo. Prossegue na sua guerra interminável, que se arrasta há quinhentos anos, contra os colonizadores imperialistas estrangeiros.
Para melhor atendê-lo, senhor Carlos Roberto de Souza Almeida Vargas, o Banco, sob os auspícios do Governo Federal, que não perdeu o foco, conquanto os inimigos do Brasil sejam inúmeros, nem todos eles identificáveis – eles, traiçoeiros, ladinos, atacam o Brasil, de todas as direções, pelos flancos e pela retaguarda -, restringirá, a partir de [data], o acesso dos correntistas às operações bancárias aos caixas localizados no interior das agências bancárias; os terminais eletrônicos ou estão inoperantes, ou desativados, devido às ações criminosas, em centenas de cidades, perpetradas por anarquistas que espalham o caos pelo Brasil. Tal medida, para melhor atendê-lo, senhor Carlos Roberto de Souza Almeida Vargas, é inadiável, e o Banco a implementa a tempo de evitar prejuízos maiores do que o que auferiu de dois meses para cá.
O Governo Federal, para evitar a quebradeira do sistema financeiro, em atendimento à solicitação do Banco, concedeu ao Banco autorização para cobrar, todo mês, dos seus correntistas, para melhor atendê-los, R$ 50,00, que serão debitados, todo dia primeiro, automaticamente, das contas correntes.
O Governo Federal também autorizou o Banco a encerrar as atividades das agências bancárias situadas nas cidades com população inferior a cem mil habitantes e nas que não possuem delegacias de polícias, e nas que a delegacia de polícia foi desativada, e os policiais, aposentados compulsoriamente; com tal medida o Governo Federal concentra o combate à violência nas capitais e nas grandes cidades.
Em decorrência da elevação do custo de manutenção do aparato policial nas cidades com menos de cem mil habitantes, que se deu devido ao avanço da criminalidade, o Governo Federal, sabiamente, nelas encerrou as atividades policiais, para não onerar ainda mais os cofres públicos. É uma medida provisória, que será revogada assim que o Governo Federal achar por bem, no seu esforço de conservar a paz e a ordem, que estão ameaçadas por terroristas estrangeiros acumpliciados com brasileiros apátridas. A concentração da polícia nas capitais e nas grandes cidades, ao contrário do que divulga a mídia dessensibilizadora, felizmente rara no Brasil, como em toda a superfície do orbe terrestre, não é um gesto ostensivo de abandono dos rincões do Brasil varonil, do campo e das pequenas cidades aos criminosos; é uma medida de contenção dos gastos, para impedir a precipitação do Brasil na anarquia. O Governo Federal tem as rédeas nas mãos. O Governo Federal está com a faca e o queijo nas mãos, e está cortando o queijo. O sucesso das políticas implementadas pelo Governo Federal não é incontestável porque brasileiros apátridas, cooptados pelos estrangeiros, desferem, no Brasil, pelas costas, traiçoeiramente, facadas letais, e transpassam os seus órgãos vitais.
O Governo Federal não recua sequer um passo, e decreta, por medida provisória, leis que conservam, para contrariedade dos inimigos do Brasil, a paz e a ordem em todas as cidades, a despeito do avanço da criminalidade.
O Governo Federal, senhor Carlos Roberto de Souza Almeida Vargas, também autorizou o Banco a exigir dos correntistas, para melhor atendê-los, a apresentação, à porta de quaisquer agências bancárias, além dos documentos originais e das três cópias autenticadas do RG, do CPF, do Título de Eleitor, do Certificado de Reservista, da Carteira de Habilitação de Motorista e da Certidão de Nascimento, a Ficha Criminal, a original e três cópias autenticadas.
De
Gerente Personalizado
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